Grelha divina.
uma fagulha.
Que assa nossa carne
Uma vez dentro
"... Eu conheço um clã de homens gengibre, Aqui um homem gengibre, ali um homem gengibre, Um monte de homens gengibre. Pode pegar dois se você quiser,eles estão no prato..." (Bike - Syd Barrett)
Texto retirado do Livro O Guia do Mochileiro das Galaxias, mostrando que até mesmo para estudantes nada gêniais, feito você ou eu. O infinito é o limite.
Vos apresento solenemente Santo Arnoldo:
Tasqueopariu.
É com prazer e lúpulo que volto a escrever nesse periódico sem peridiocidade. Falando de um assunto que eu amo, que você ama, que nos amamos.
CERVEJA!
O mundo das cervejas especiais é um amontoado de curiosidades. O termo "especial" não representa nenhum estilo específico de cerveja feito por curdos que babam e comem merda. Mais sim de uma cerveja diferenciada, com mais aroma, sabor e corpo, principalmente as cervejas artesanais. Pale Lager, as mais populares no Brasil, mais nem de longe as grandes marcas nacionais chegam a ser parecidas com cerveja de verdade. Ao ouvir falar em cervejas especiais, pense em cervejas com um maior cuidado no seu preparo e, por consequência, melhor qualidade e melhor sabor.
No Brasil temos ótimas microcervejarias, e dou destaque para as Mineiras. Afinal, nem só de pão de queijo vive o mineiro uai.
Fazer cerveja em casa é uma atividade recompensadora bagarai, mas da um trabalho da porra.
Existem vários blogs, sites, livros e etc... (principalmente etc...) sobre o assunto para os interessados.
Bateu curiosidade sobre cervejas especiais? O blog cervejeiro Goronah está realizando o sorteio de três cervejas europeias. O editor do blog, Nicholas Bittencourt, está numa viagem pela Europa, passando por como Itália, Bélgica, Alemanha, República Tcheca. Ele ainda terá o desprazer que estar na Oktoberfest de Munique.
Se você assim como eu, o pessoal do hominilupulo e todos os cervejeiros internautas não está com inveja desta viagem dele de 33 dias pela Europa, saiba como concorrer e ganhar uma destas cervejas acessando o Goronah. Serão sorteadas uma cerveja alemã, uma tcheca e uma belga. Cada cerveja tem um sistema diferente para concorrer.
Como a felicidade é feita de bons momentos, resolvi dividir isso com vocês. Ligeiramente inebriado, com o mundo girando vertiginosamente entre os dedos que prendem um cigarro paraguaio,ouço The Boppers em uma madrugada com gosto de de insone nostalgia, regada à mais pura pinga mineira. O ritmo dançante deste sábado marcado pela morte da Amy Winehouse é meio incompreensível agora, pelo simples fato de que estou bebaço, ou ficarei, em instantes.
Não quero falar de nada específico, só quero falar. Muito perto de saír de férias de um trampo mais que estressante, não sei até agora como lidar com a liberdade repentina, e me dá vontade de gritar. Mas me controlo, afinal, sou um pai de família, só não sou evangélico nem deixo de jogar baralho.
Sei que irei ressucitar a vida cyber e frenética que me acompanhava nos tempos de vagabundo. Agora tenho Twitter e Facebook, já não sou mais um Zé Ninguém. E vou ficar rico e dominar o mundo.
Voltando à Amy, acho que ela se matou pra que pudesse entrar no não mais seleto grupo dos grandes mortos aos 27... Quem não gostaria de participar da infernal banda integrada por Jimi, Jim, Janis, Brian Jones, entre outros, empresariados por Lúcifer, a estrela do Alvorecer? Tiremos a boina listrada para seu oportunista senso de marketing. Ficará na história por lembrar, em tempos moralistas e imbecis, do glamour e do perigo de se viver loucamente. E por mostrar que foda-se, se eu quiser cheirar cocaína pelo rabo eu cheiro e vão tomar banho.
O importante é que agora o mundo segue, e novamente esqueceremos do poder e sensualidade que nossa individualidade nos traz...
Desjo a todos a loucura do homem das cavernas, além de uma ótima noite.
Deus está morto.
Eu sei, por um tempo achei que ele estava me ignorando para me deixar apaixonado.
O nome e o sobrenome do Nietzsche me lembram espirro.
-Friedrich...
-Saúde!
-Nietzsche...
-Já falei Saúde!
-Wilhellllllm...
-Em cima de mim não porra!
Vão jogar Filosofghters
Estou com fome, são 2h da madrugada(escrevi no trabalho essa merda, agora são 14:24), o tédio me consome. nada melhor pra passar o tempo do que escrever para isso que eu chamo de terapia para maluco, tem gente que diz que é blog.
23 de Novembro de 2010. Hoje faz exatamente 2 dias (e algumas horas) que eu realizei um dos maiores sonhos da minha vida. Hoje faz exatamente 2 dias (e algumas horas) que eu vi, ao vivo, o Sir Paul McCartney.
Foi em São Paulo, isso mesmo em solo Brasileiro que a magia aconteceu. A cidade – que deve ter mais ou menos o tamanho de um tabuleiro do Jogo da Vida é a maior cidade da America Latina inteira – amanheceu radiante naquele Domingo. Uma amiga que foi na mesma Van que eu, passou muito mau, o desespero entrou em cena, foi levada ao hospital e antes do show começar já estava nova em folha, milagres que “Santo MacCa” faz.“Hoje tem show do Paul McCartney aqui!” dava pra ver a empolgação nos locais. E essa empolgação se refletia nos turistas, nos comerciantes, nos funcionários da estação de trem, nos quartos esgotados dos hotéis, nos avisos dos supermercados restringindo a venda de cerveja a 4 latas, no máximo, por pessoa. Afinal, tinha que ter pra todo mundo. Tinha que ser justo com todo mundo o dia mais importante do ano para nossas vidas.
Chegando aos portões do imponente Morumbi Stadium, eu ainda não conseguia me dar conta do que estava prestes a acontecer. Tocamos violão na fila de espera, com pessoas que acabamos de conhecer e já nos sentiamos amigos de infãncia de todos os que estavam com a gente. Eu não conseguia compreender que em poucos instantes eu estaria frente a frente com uma das lendas vivas do rock, com uma das personalidades mais emblemáticas do século XX, com um dos responsáveis pela maior banda de todos os tempos.
E, pelo visto, eu não era o único a alimentar essa ansiedade. O estádio foi enchendo pouco a pouco e, antes das 7 da noite, já tinha todos os lugares ocupados. Civilizada e irritantemente ocupados. Eu tive a honra e o privilégio de contemplar Sir Paul McCartney e testemunhar, finalmente, o espetáculo histórico de um musico lendário.
Telão. Videozinho de abertura. Burburinho ansioso toma conta do estádio. Roadies terminando de preparar o palco. Seguranças tomando suas posições. Máquinas fotográficas aquecendo seus flashes. E o coração do Cotta avançando pela garganta. Nas arquibancadas o espetáculo das ollas fazia o coração de todo mundo ficar mais rápido.
Luzes apagam. Palco acende. Público urra.
Entra a banda. Um por um. Ouvem-se os primeiros acordes das guitarras estridentes nos P.A.s gigantescos do estádio do Morumbi. Espinhas dorsais redefinem os valores da escala Richter.
Eis que então, surge no palco, ovacionado unanimemente, Sir Paul McCartney. Sorridente, acenante, simpático como todo ídolo deveria ser. Violão em riste e microfone a postos. E o show começa com Venus and Mars, clássico dos Wings, de 1975. E imediatamente depois, Rock Show. E o meu coração já pedindo as contas no RH.
Se você pensar friamente, é só um “velhinho” de 68 anos tocando baixo. Mas de repente você olha pro palco e vê aquele cara. Aquele cara que fez parte da banda mais influente da história, que revolucionou o comportamento da geração dos seus pais, que produziu uma das obras mais sólidas e consistentes da cultura ocidental, que fez as musicas que você cresceu ouvindo e que definiram muito do seu caráter. E aí você repensa e se toca de que está diante do cara que fez boa parte da trilha sonora da sua vida. E parece que passa um filminho na sua cabeça (aquela história clássica, só que por um bom motivo) que te faz voltar e entender de novo o porquê de aquilo ser tão importante pra você, e justamente o porquê de você estar ali onde você está, naquele momento. E aí cai a ficha: você está vendo o Paul McCartney, porra!
E aí ele despeja aquela enxurrada de clássicos, só pra testar o quão forte seu coração é. Ou não é. Eu me segurei bem até começar Let Me Roll It, e daí em diante foi só choradeira. Soluço, mesmo. É impossível conter a emoção, e mesmo você já sabendo de cor tudo o que ele vai tocar… Poxa, é claro que você sabe que ele vai tocar Let It Be, você sabe que ele vai tocar Band On The Run, você sabe que ele vai tocar Hey Jude. E quando toca, é incontrolável. Não tem explicação!
O que você não sabe é que ele também toca I’m Looking Through You, Dance Tonight, Obladi Oblada, Paperback Writer, A Day In The Life e Day Tripper. E o mais legal é que você olha praquela banda irretocável, aqueles músicos jovens e cheios de gás, e olha para o Paul… e vê que o Paul tem mais gás do que todos eles juntos.
O homem tem 68 anos de idade e toca com o tesão de quem tem 20 anos. O homem faz um show de quase 3 horas de duração e não demonstra o mínimo cansaço. E ele canta tudo, nota por nota, de Blackbird a Helter Skelter sem perder a voz. É de dar inveja.
Os registros são simbólicos e importantíssimos, e capturam um pouquinho da emoção que foi estar lá vendo esse fenômeno que é o Paul McCartney. Se desse, teríamos filmado o show inteiro. Mas não tem problema, esses outros registros já estão pra sempre gravados na minha memória e no meu coração.
Obrigado, Paul.
Minha vida, minha história, minha personalidade e meu caráter agradecem.