terça-feira, 21 de setembro de 2010

Retorno nada triunfal

Estressado, cabelos brancos, com preguiça de viver e tendo que ouvir a cada minuto esse ridículos jingles das campanhas bizarríssimas que temos esse ano. Ainda não defini meu voto, mas com quase toda certeza vai praquele que ainda não me andou me apavorando nos último dois meses. Tem um que parece que torrou toda a grana do fundo partidário fazendo jingles, desde um funk até uma música meio gospel (a mulher fica cantando no fundo "meeeia cincoo deeeeez"), passando por um samba enredo. E o cara é de um partido comunista! o.O


Só vim escrever aqui porque resolvi que não vou trabalhar durante a próxima hora mas não tinha ideia do que fazer nesse meio tempo, e deu saudade de vir falar merda publicamente. Certo, foi o tempo em que uma meia dúzia de gatos pingados vinham nos ler (hoje nem a meia dúzia vem mais), mas ainda assim, a sensação de liberdade de se escrever na internet e alguém a qualquer momento ler é interessante. Vai que, sei lá, o Lula resolve passear pela net e dá de cara com essa vagabundeza de blog? Ele poderia arrumar empregos melhores pro povo pra evitar que se aconteça isso que ta acontecendo agora.

Nossa, o clima tá frio, está nublado, melancóóólico, e ainda para um carro aqui na frente tocando Elton John.

Olha só, a Tarja Turunen lançou um album novo! Que estranho. Nem vou ouvir, ela já não me chama a atenção mais. Pra quem tá ouvindo Roberta Sá, atualmente, ouvir Tarja Turunen deve ser doloroso. E eu já fiquei longe da minha adolescência.

Lendo o post do Charlie aí embaixo eu até que me senti melhor. Porque eu tô igualzinho um primata: cabeludo, barbudo, tem mais de mês que minha cara não vê Gilette e uns seis meses que eu não sei o que é cortar cabelo. Ontem, minha esposa disse pra eu cortar a barba e eu disse que não, ficaria que nem o Fidel. Ela disse que a barba do Che é mais bonita e eu até me senti na liberdade de dizer que ele não tinha barba, ele tinha era pentelhos na cara, perto do que minha cara tem.

Não sei porque estou escrevendo tudo isso, as pessoas que gastam tempo na internet estão todas lendo os sites do Justin Bieber e vendo pornografia barata.

Falando em pornografia, o penúltimo clipe do Rammstein é um vídeo pornô. Saca só:







Então, cansei de escrever. Até pegar o ritmo novamente, demora.

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pêlos...

Para ler ouvindo More do Pink Floyd.

É engraçado como a rusticidade masculina vem se tornando cada vez mais suave e cada vez mais discutida entre os homens. Há um tempo atrás, ao que me lembro, qualquer homem que colocasse brinco na orelha era apontado como frutinha, viadinho, baitola, vascaino e etc.

Conforme o tempo foi passando as pessoas, de alguma forma, se tornaram mais toleráveis a diversos comportamentos, tanto masculinos quanto femininos. Até o surgimento do homem metropolitano, que abriu mão de toda a rusticidade herdada dos vikings e de toda trogloditagem dos jagunços do cerrado para passar base na unha e hidratante no rosto.
Como diria meu amigo Wood: -Pusta-que-o-pariu Bichoooo!


Na época do meu avô, usava-se navalha afiada na pia da cozinha e usava o reflexo da bacia de alumínio como espelho, a qual posteriormente era cheia com água do poço para lavar o rosto. O que ele diria se me visse passando loção pós-barba depois de afeitar-me (termo técnico usado pelos anciãos, meu avô que me ensinou, apesar de eu não afeitar-me com frequência) com espuma de barbear e barbeador de três laminas?! Certamente faltaria milho pro meu joelho!

Dentre outras coisas, tornou-se a negar aquilo que à primeira vista, o distingue do sexo oposto, passando a enojar o último fio de rusticidade de sua época. A princípio usou-se como desculpa a higiene, mas com o passar do tempo mostrou-se a principal aversão escondida nos propósitos desse movimento metropolitano, a aversão aos pêlos.

Como os padrões de beleza sempre ajudam a moldar nossas opiniões, não demorou muito para os pêlos se tornaram um problema. Logo, com o passar do tempo, alguns “homens” tornaram-se adeptos da depilação de axilas suvaco, o peito e até braços e pernas. Acredito que essa prática começou nos primórdios do movimento gay e foi sendo absorvida por heterossexuais e posteriormente se transformando no que conhecemos como metrossexuais, que na verdade é apenas um grupo homens que ainda não se decidiram em qual lado do muro quer ficar.

Mesmo assim, existe muito marmanjo por ai que não se considera metrossexual, mas que se depila para ir ao baile funk, balada GLS ou na aula de jiu-jitsu (principalmente este último). Geralmente são os que pagam de gogo-boy, sem camisa na balada e passando um puta frio glacial apenas para mostrar que estão com o brioco liso e a depilação em dia.

Ainda não sei se isso é um padrão para o futuro ou se prevalecerá à diversidade de gostos. Será que a mulherada vai preferir um homem que deixa o sabonete cheio de pelos ou um homem que gasta todos os seus hidratantes, esmaltes, máscaras e maquiagem apenas para ir à padaria buscar pão!?


Firme e peludo, barba pra fazer, pentelhos para aparar, banho pra tomar...